CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





domingo, 29 de abril de 2012

COLÓQUIOS DE FILOSOFIA E DIREITO



Instituto pietista de cultura


ATENÇÃO O I. P. C. Promoverá o evento:

Colóquios de filosofia e direito


Primeiro encontro:

“direito NATURAL E VALOR”

EXPOSITOR:

DR. GLAUCO BARREIRA M. FILHO

(AUTOR E PROFESSOR DOUTOR / UFC)


· Entrada franca

· DATA: 05 DE MAIO DE 2012 / HORÁRIO: 9:00hs

· LOCAL: LIVRARIA ACADÊMICA, RUA COSTA BARROS, 901 – ALDEOTA (a rua COSTA Barros é vizinha e paralela à Av. Santos Dumont. A livraria fica nas proximidades do colégio militar no início da Santos Dumont/ de carro entre pela rua João cordeiro no sentido sertão-praia)

sábado, 28 de abril de 2012

INAUGURAÇÃO DA CASA DA BÍBLIA SUL

No dia 27 de abril de 2012, a  Livraria "Casa da Bíblia" inaugurou mais uma filial em Fortaleza (Casa da Bíblia Sul) em região nobre de Fortaleza. No culto de inauguração, o Rev. Glauco Filho ministrou uma breve palavra e participou do momento de cânticos. A nova livraria representará uma nova oportunidade para o público leitor residente em uma área de "shoopings centers", na qual a frequência ao Centro da cidade é menor. 

                             Rev. Glauco Filho ministrando a Palavra de Deus

                             

                             Rev. Glauco Filho participa do momento inaugural

 Rev. Glauco Filho e esposa com o ir. Nogueira e esposa (proprietários da casa da Bíblia)

                                 Rev. Glauco Filho, ir. Nogueira e pastores presentes
  Rev. Glauco Filho e Alexandre (que representou toda a diretoria da Editora Vida no evento)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

DR. GLAUCO FILHO PREGA NO CULTO DE FORMATURA EM TEOLOGIA DA FATECE (2011)

PALESTRA DO DR. GLAUCO FILHO NA ORMECE

No dia 25 de abril de 2012, o Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho (Teólogo e Pastor Batista) proferiu palestra na reunião da ORMECE (Ordem de Ministros Evangélicos do Ceará) sobre o tema "O PREÇO DA TOLERÂNCIA SEXUAL". Na oportunidade, foi comentado acerca da guerra cultural existente entre a cosmovisão cristã e as novas ideologias libertinas dos movimentos feminista e homossexual (nova esquerda cultural). O Dr. Glauco Filho explicou que a igreja precisa se resguardar da sedução erótica e pornográfica que nos assedia, bem como invade o nosso lar através da televisão e da internet. Salientou também que os homossexuais não lutam apenas pelo fim da discriminação, mas, acima de tudo, pela reformulação da mentalidade e dos valores culturais. Para tanto, eles usam estratégias discursivas e procuram redefinir o paradigma da escolar. No final, a igreja foi exortada para cuidar das famílias, para protestar contra o divórcio e para educar biblicamente os filhos. Também se falou da necessidade de a igreja ter estratégias discursivas apropriadas, bem como de nunca divorciar a sua apologética da autoridade das Escrituras.
        Durante a Palestra, o Dr. Glauco Filho fez a divulgação do livro "DESEJO E ENGANO", escrito por  Albert Mohler Jr. e publicado pela EDITORA FIEL. O evento foi organizado pelo ir. Gideão, responsável pela livraria BÍBLIA & OPÇÕES. Compareceram pastores batistas, presbiterianos e pentecostais clássicos.
         No final da programação, foi combinada gravação de entrevistas do Dr. Glauco Filho para o programa REFRIGÉRIO & PAZ (da ORMECE) no CANAL 5 (TV Cultura).
          Seguem fotos do evento:







sábado, 21 de abril de 2012

AMEAÇA À DIGNIDADE DA FAMÍLIA BRASILEIRA

IMPORTANTE - ESTATUTO da "DIVERSIDADE SEXUAL" e PEC - Proposta de Emenda à Constituição querem o fim da família e violar os direitos básicos dos cidadãos
 
Membros da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, sob liderança da senadora Marta Suplicy (PT-SP), e a Comissão da Diversidade Sexual da OAB, presidida pela ex-desembargadora Berenice Dias, militante da intolerante, impositiva e déspota ideologia LGBT e fundadora do IBDFAM - Instituto Brasileiro de Direito da "Família" (aspas propositais), elaboraram e entregaram à OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, à Cãmara dos Deputados e ao Senado, no dia 23 de agosto de 2011, um "Estatuto da Diversidade Sexual". Na mesma ocasião, foi entregue uma PEC - Proposta de Emenda à Constituição. Ambos inciativas visam profundas e radicais alterações da lesgilação do país, de modo a extinguir os mais elementares valores e princípios universais que regem uma sociedade civilizada, violentar a família brasileira, coibir a liberdade de crença e de expressão, criminalizar a opinião e intervir na autonomia, no direito e na liberdade familiar, profissional e educacional, entre outras.
 
O Estatuto e a PEC incluem os seguintes pontos principais:
 
- Fim da família tradicional
- Retirada dos termos "pai" e "mãe" dos documentos
- Acabar com as festas familiares nas escolas (dia dos pais, dia das mães, etc.) para não constranger os que fazem parte de famílias "diferentes"
- Obrigatoriedade de as escolas públicas e privadas ensinarem a ideologia homossexual (argumento travestido de "combate à homofobia") e de só usarem materiais didáticos e paradidáticos que incluam a ideologia LGBT
- Preparar crianças a partir de 14 anos para cirurgias de mudança de sexo
- Cobertura pelo SUS para procedimentos de mudança de sexo e hormonoterapia para alterações anatômicas de transgêneros e travestis
- Criminalização da homofobia, com penas de reclusão para quem cometer "discriminação" contra LGBTs
- Oficialização do casamento entre pessoas do mesmo sexo (e não apenas união estável)
- Oficialização da adoção de crianças por casais homossexuais
- Direito de homossexuais de qualquer sexo escolherem que banheiro usar em estabelecimentos públicos e particulares
- Cotas para homossexuais, travestis e transsexuais nos concursos públicos e em empresas privadas
- Obrigatoriedade de instituições públicas e a iniciativa privada promoverem campanhas de qualificação profissional de travestis, transgêneros, etc.
- Proibição da oferta de qualquer forma de "reversão" ou reorientação sexual, bem como qualquer promessa de cura
- Proibição de "ingerência" da família em assuntos sexuais dos filhos
- E diversos outros pontos bastante preocupantes
 
O documento original pode ser obtido no site da OAB, em: http://www.oab.org.br/arquivos/pdf/Geral/ESTATUTO_DA_DIVERSIDADE_SEXUAL.pdf
 
Esse assunto é de extrema relevância, senão gravíssimo, e sugiro que seja considerado prioritário no que concerne à atenção, articulação e concentração de esforços de toda e qualquer liderança cristã neste país.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

AGENDA - PREGAÇÕES E PALESTRAS DO REV. GLAUCO FILHO


Pregação na "Festa das Primícias" da Assembléia de Deus no Brasil (Ministério da Graça): Dia 24 de abril de 2012 (19:00h) - Rua 02, No. 150 - Conjunto João Paulo II (Fortaleza-Ce)

Preleção para plenário de Escola Dominical da Igreja Batista do Henrique Jorge ("Ensinando a Palavra de Deus onde quer que estejamos") - 22 de Abril de 2012 (9: 00h) - Rua Porto Alegre, 997, Henrique Jorge (Fortaleza-Ce)

Palestra na Ormece - Ordem de Ministros Evangélicos do Ceará (Igreja Presbiteriana Central - Fortaleza-Ce) - "O Preço da Tolerância Sexual" - Dia 25 de abril de 2012 (9: 30h)

Palestra "Direito Natural e Valor" no Auditório da Livraria Acadêmica (Rua Costa Barros, 901 - Fortaleza - Ce) - Dia  05 de maio de 2012 (9:00h)

Pregação sobre "A Espiritualidade na Família" na Igreja de Cristo (Rua Frei Marcelino, 416 - Parque Araxá - Fortaleza-Ce) - Dia 18 de maio de 2012 (19: 30h)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

NOTÍCIA DE ENTREVISTA REALIZADA EM 2005


Caderno de cultura do jornal Valor Econômico destaca livro da MC

Livro de Glauco Magalhães Filho é citado em reportagem sobre C.S. Lewis

Por: DA Assessoria de Comunicação
O jornal Valor Econômico publicou, em seu caderno de cultura (2-4/12, ed. 272), uma longa matéria sobre o filme O leão, a feiticeira e o guarda-roupas, que compõe As crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis. A reportagem destacou a efervescência da produção literária em torno da obra do escritor norte-irlandês, especialmente entre as editoras cristãs. Glauco Magalhães Filho, autor de "O imaginário em As crônicas de Nárnia", lançado pela Mundo Cristão no início de dezembro, foi entrevistado para a matéria de Marília de Camargo César. "O livro de Glauco Magalhães Filho trata, em sua primeira parte, do valor da imaginação humana em contraposição ao racionalismo", escreve Marília. Ela fez menção ainda à autobiografia de Lewis, Surpreendido pela alegria, também publicado pela Mundo Cristão.

Fonte: http://www.mundocristao.com.br/noticiasdet.asp?cod_not=33

 

O imaginário na literatura fantástica de C.S Lewis

Em entrevista, autor da MC fala sobre a literatura fantástica do escritor irlandês

Estreou na sexta (9/12), o filme O leão, a feiticeira e o guarda-roupa (clique aqui para visitar o site oficial), produzido pela Disney em parceria com a Walden Media. Baseado no segundo livro da série As crônicas de Nárnia e com um investimento de US$ 150 milhões em dois anos de produção, a película promete uma divulgação sem precedentes da obra do escritor cristão C. S. Lewis.

Dentre tantas qualidades como intelectual, Lewis notabilizou-se por sua predileção pelo imaginativo. Poeta, filósofo, apologista cristão, escritor, professor e crítico literário, C. S. Lewis, através da literatura fantástica, procurou transmitir valores cristãos utilizando imagens oriundas da mitologia grega e nórdica, bem como dos contos de fadas.

A seguir, confira entrevista com Glauco Magalhães Filho, autor de O imaginário em As crônicas de Nárnia, destaque no caderno de cultura do jornal Valor Econômico, que a Mundo Cristão acaba de lançar. Glauco, 34 anos, é advogado, mestre em Direito e possui diversos livros jurídicos publicados. Apaixonado pela obra de Lewis, apresentou uma reflexão criativa e bem fundamentada sobre este que é considerado um dos maiores escritores do século XX.

Qual foi o seu primeiro contato com a literatura fantástica de C.S. Lewis?
Durante a minha adolescência, em um período natalino, através da televisão, eu assisti em desenho chamado O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, uma das narrativas que integra As crônicas de Nárnia. Naquela oportunidade, fui cativado pela atmosfera mágica da história, a qual não se apartou jamais da minha memória.

Após a minha conversão à fé evangélica, conheci a obra teológica e filosófica de C. S. Lewis, passando a admirar sua capacidade de fazer uma apologia clara do cristianismo. Somente depois descobri a série dos livros As crônicas de Nárnia. Quando os li, tive a surpresa de reviver a minha alegria da infância. O fato de ter lido primeiro a obra filosófico-teológica de Lewis me permitiu compreender com nitidez o sentido mais profundo das crônicas. Percebi que a ficção de Lewis nos transmite através da literatura fantástica as bases fundamentais da fé cristã.

Como surgiu a proposta de escrever sobre o imaginário da literatura de Lewis?
As obras de C. S. Lewis já vinham sendo citadas nos meus livros de filosofia jurídica, Hermenêutica e unidade axiológica da constituição e A essência do Direito, antes do trabalho que agora desenvolvi sobre o seu pensamento. Na verdade, outro livro meu de caráter jurídico, Teoria dos valores jurídicos, a ser lançado, pressupõe a cosmovisão de Lewis sobre a existência de valores éticos imutáveis. O livro O imaginário em As crônicas de Nárnia é fruto de uma pequena mudança nos meus estudos sobre a imaginação humana. Eu vinha preparando um texto sobre a imaginação humana em seus reflexos na religião e na vida social, quando a alegre surpresa do anúncio do filme me fez mudar de direção, levando-me a considerar o imaginário literário na obra de C.S. Lewis. Os meus estudos sobre o imaginário antecederam a esse livro, mas uma vez que me dediquei a escrevê-lo, pude concluí-lo em aproximadamente dois meses.

Qual a sua expectativa em relação ao seu livro sobre a obra de C.S. Lewis?
O objetivo da obra é mostrar o valor positivo da imaginação humana, seja para representar o inefável por figuras ou para permitir ao crente acompanhar o tipo de linguagem inspirada da revelação. Na verdade, acredito que a nossa razão é muitas vezes inimiga da fé, afinal a fé olha para o impossível. Nessa hora, a faculdade humana que pode servir à fé é a imaginação. Ninguém se arrepende de seus pecados ou crê em Jesus como Salvador se Deus não operar nele por sua graça. Não haverá arrependimento se o homem não tiver consciência, e não haverá fé se o homem não tiver imaginação.

O livro pega carona no lançamento do filme O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. Como você vê isso?
Acredito que o filme alimentará a curiosidade em relação à vida e obra de C.S. Lewis, ainda pouco conhecidas no Brasil. O imaginário em As crônicas de Nárnia tem a vantagem de não se limitar a ser uma interpretação teológica nem ser um simples estudo literário. Ele insere a obra de C. S. Lewis num escopo maior, o estudo do imaginário, tema que é um dos mais relevantes do momento.

Como Lewis orquestra sua ficção fantástica de forma que ela transmita valores cristãos?
Toda criança gosta de mágica e encanto. O mundo real parece muito esquisito para a ela, pois seus males parecem irremediáveis. A criança não consegue encontrar satisfação nas promessas de solução para o futuro; ela abomina o que chamamos de "processo histórico". Embora a "mágica" possa ser utilizada para o mal nas histórias criadas pela imaginação infantil, a "mágica boa" sempre triunfa sobre a má, e, sendo mágica, o faz com imediatez.

O Cristianismo tem uma solução "mágica" quando afirma que Jesus venceu o pecado e Satanás na cruz. Também quando esclarece que o cristão foi ressuscitado com Cristo e está abençoado com toda sorte de bençãos. No entanto, segundo o cristianismo, tais coisas que já existem para a fé num plano invisível ainda não se realizaram no plano visível, embora terão sua concretização no fim do processo histórico. O cristão transita entre o "sim" e o "ainda não", entre a "mágica" e a dura realidade através fé. Assim a "mágica" infantil traz lições preliminares de fé.

Os personagens mitológicos representam a vontade do homem primitivo de trazer sentido para uma vida árida. Eles são substanciações de forças da natureza e de sentimentos humanos. Eles não nos são úteis em suas histórias pagãs para ensinar sobre Deus, mas podem nos ensinar sobre o homem. Por outro lado, dentro de uma outra conjuntura, podem servir para alegorias nas quais se contêm lições cristãs. Eu diria aos que rejeitam de plano uma história pela aparência de seus personagens que é preciso aprender que a "Fera" vista por outro ângulo pode ser um lindo príncipe como descobriu a "Bela" na famosa história infantil.

A atmosfera a que nos conduzem as transfigurações expressas por C.S. Lewis nos enleva o espírito e nos conferem inegável paz interior por nos introduzir num mundo de luz e serenidade.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

REFLEXÃO SOBRE O BRASIL

"Que país é esse que junta milhões numa marcha gay, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção" (Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol "El País" - 07/07/2011)

"O Brasil não é um país sério" (Charles de Gaule)

AS INFLUÊNCIAS DE C. S. LEWIS

Rev. Glauco Filho e Glauco Neto na casa onde morou C. S. Lewis em Oxford (The Kilns)

As influências de C. S. Lewis

Livro revela as fontes literárias em que o autor de As crônicas de Nárnia bebeu e se inspirou

Por: Glauco Magalhães Filho
A experiência religiosa do escritor C. S. Lewis se destacou não apenas por ter sido um intelectual ateu que superou a incredulidade, mas também pelo que ele se tornou como resultado da fé, apresentando ao mundo sua perspectiva cristã através de vários estilos literários. Foi tanto filósofo como poeta, pois nele se conjugaram razão e sensibilidade, lógica e imaginação. A perda da mãe na infância e a dificuldade de relacionamento com o pai foram fatores que o aproximaram do irmão quando os dois eram crianças. Eles gostavam de compartilhar a leitura dos livros que se distribuíam por todos os espaços da casa, que inspiravam uma atmosfera fértil para a imaginação.

Não é possível compreender Lewis e seus escritos com profundidade, senão dentro do amplo escopo de suas leituras.
A biblioteca de C. S. Lewis, uma compilação feita por James Stuart Bell e Anthony Palmer Dawson, é a oportunidade de suprirmos a lacuna resultante do desconhecimento das obras que influenciaram o escritor irlandês. Lewis testemunhou sobre uma profunda experiência que tivera ao ler uma obra de George MacDonald acerca da importância da fantasia. Ele chegou mesmo a dizer que teve o seu "batismo de imaginação" naquele momento.

No século XVII, os puritanos valorizaram muito obras religiosas alegóricas, como
O peregrino, de John Bunyan, e O paraíso perdido, de John Milton. Esses autores puritanos também exerceram grande influência sobre C. S. Lewis, que chegou, inclusive, a prefaciar uma publicação de O paraíso perdido, além de ter escrito uma versão pessoal sobre O retorno do peregrino. Lewis, em contrapartida, recebeu inspiração de Martinho Lutero para desmascarar o diabo com a literatura irônica e sarcástica de Cartas do diabo ao seu aprendiz. No estilo de Dante Alighiere, fez representações ilustrativas do estado eterno das almas em O grande abismo.

Como J. R. R. Tolkien, Lewis pertencia aos
Inklings, grupo de catedráticos que discutia literatura, filosofia e, principalmente, mitologia. Tolkien não valorizou As crônicas de Nárnia, pois não gostava de alegorias. Lewis, porém, achou fantástica a obra-prima O senhor dos anéis. O próprio Tolkien credita a Lewis o estímulo que lhe possibilitou concluir a obra. Como filósofo, Lewis foi profundamente influenciado pela gnosiologia (teoria do conhecimento) de Aristóteles. O filósofo grego defendia um conceito objetivo de verdade: um pensamento é verdadeiro quando corresponde à realidade. Na linha aristotélica, combateu o relativismo e o ceticismo. Em seu livro A abolição do homem
, refutou a teoria subjetivista acerca dos valores.

No campo da teologia, se rendeu ao pensamento de Santo Agostinho, mas ampliou o estudo do amor de modo a envolver também as dimensões romântica e sexual. Com o Doutor de Hipona, defendeu a lei natural inscrita na razão humana, como se pode ver em
Mero cristianismo. Com os místicos cristãos da Idade Média, Lewis admitiu que Deus é um ser inefável, e que apenas pela linguagem metafórica poderíamos falar sobre ele. A partir do pensamento filosófico de Rudolf Otto, Lewis, em seu livro O problema do sofrimento, explicou Deus como o ser numinoso, isto é, a essência pura diante da qual sentimos espanto e fascínio. Foi também um profundo admirador de
G. K. Chesterton, considerado por ele um exemplo de sobriedade.

Que os leitores agora possam aproveitar a oportunidade de passear entre os muitos livros espalhados por toda parte na casa de C. S. Lewis!

Artigo do Rev. Glauco Filho na Revista "Seu Mundo" (Editora Mundo Cristão) de julho/2006

sexta-feira, 13 de abril de 2012

UM TESTEMUNHO NA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE




Dr. Glauco Filho (Coordenador do Curso de Direito da Fametro) e Dr. Augustus Nicodemus (Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie)



Necessitamos urgentemente de alunos e professores cristãos que não sejam omissos nas Faculdades e Universidades. Não é possível passar "em branco" pelos bancos da Academia. Não podemos isolar os estudos do restante de nossa vida cristã. Hoje, nós vemos pessoas nominalmente cristãs perdendo a fé quando vão fazer um curso superior. Elas ouvem passivamente os insultos feitos ao cristianismo por professores incrédulos, bem como escondem a sua identidade perante os colegas. O resultado disso é a mundanização.
     Nos mestrados e doutorados, cristãos conservadores seguem direções não recomendáveis. De um lado, há aqueles que procuram evitar o conflito dos estudos com a fé através de temas neutros e insignificantes que não os obrigarão a se posicionar como cristãos. Do outro lado, há os que seguem a duplicidade do "médico e o monstro". Esses (muitos dos quais são pastores) tem um discurso bíblico na igreja e um discurso baseado em autores anti-cristãos na vida universitária. É preciso preparar os crentes com bagagem cultural, poder argumentativo, espiritualidade e coragem para que possam enfrentar temas polêmicos e de relevância social sob uma cosmovisão cristã. Se houver competência e tratabilidade, nós conseguiremos muito.
      Para exemplificar, gostaria de lembrar a minha palestra "TEORIA DOS VALORES JURÍDICOS" ministrada no Auditório Fláminio Fávero na UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE em 08 de abril de 2009 para professores e alunos do Curso de Direito. Muitas pessoas foram impedidas de entrar no recinto da palestra porque o auditório ficou inteiramente lotado.Eu defendi a existência de valores éticos absolutos e contestei o ceticismo e relativismo da pós-modernidade. Obviamente, alunos e professores ofereceram argumentos contrários a minha posição. No entanto, eu fiquei surpreso com aceitação dos meus contra-argumentos. No final, os iniciais opositores passaram a fazer comentários que reforçavam a minha posição. 
      Nós temos que partir da pressuposição de que o cristianismo é verdadeiro e de que é irrefutável quando corretamente apresentado. Como disse C. S. Lewis:

"Acredito no Cristianismo como acredito que o Sol nasceu, não apenas porque eu o vejo, mas porque por meio dele eu vejo todo o resto"

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho

quinta-feira, 12 de abril de 2012

PALESTRA DO DR. GLAUCO FILHO PARA PASTORES

No dia 25 de abril de 2012, a Livraria BÍBLIA & OPÇÕES e a ORMECE (Ordem de Ministros Evangélicos do Ceará) promoverão um encontro para pastores e Coffee Break com a Palestra "O Preço da Tolerância Sexual" (acerca do livro "Desejo e Engano" de R. Albert Mohler Jr.). A Palestra será ministrada pelo Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho e acontecerá às 9: 30h. O local será o templo da Igreja Presbiteriana Central de Fortaleza

PROFESSOR GLAUCO FILHO E PROFA. GABRIELE GREGGERSEN - C.S. LEWIS CONHECIDO NO CAMPUS



Durante a III Calourada pela Paz, os alunos da UFC criaram um grande interesse pelas obras de C. S. Lewis a partir das palestras do Prof. Glauco Barreira Magalhães Filho e da Profa. Gabriele Greggersen. Alguns já falam em criar um grupo de estudos em torno da obra do literato britânico. Temas, como imaginação, valores morais, teísmo e cristianismo foram destaque nas palestras.



Mais informações sobre o evento: http://calouradapelapaz.blogspot.com.br/

No ano passado, o professor Glauco B. Magalhães Filho havia feito também palestra sobre C. S. Lewis na Faculdade de Direito da UFC. Como lembrança desse grande momento, segue o cartaz que divulgou o evento:



DR. GLAUCO FILHO E DRA. GABRIELE GREGGERSEN FALAM SOBRE O PENSAMENTO DE C. S. LEWIS

Palestra do Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho sobre a relação de Deus com a nossa imaginação no pensamento de C. S. Lewis (MAUC - Museu de Arte Contemporânea da UFC)




Palestra da Dra. Gabriele Greggersen sobre o pensamento de C. S. Lewis acerca da paz e da guerra (Auditório da Reitoria da UFC)


Prof. Glauco Barreira Magalhães Filho e Profa. Gabriele Greggersen (Pesquisadores da obra de C. S. Lewis e palestrantes na III Calourada pela Paz da UFC)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

III CALOURADA DA PAZ



AS INFORMAÇÕES SOBRE A III CALOURADA DA PAZ NA UFC E NA UECE COM AS RESPECTIVAS PALESTRAS DOS PROFESSORES GLAUCO BARREIRA MAGALHÃES FILHO E GABRIELE GREGGERSEN ACERCA DA OBRA DE C.S. LEWIS PODEM SER EXAMINADAS NO BLOG ABAIXO MENCIONADO:

quinta-feira, 5 de abril de 2012

VIII CONGRESSO DE TEOLOGIA VIDA NOVA

        Foto do Dr. Glauco Filho com o Dr. Russell Shedd no VIII Congresso de Teologia Vida Nova


       VEJA A EXPOSIÇÃO BIBLICA DO DR. GLAUCO BARREIRA MAGALHÃES FILHO NO VIII CONGRESSO DE TEOLOGIA VIDA NOVA PELO YOUTUBE:

http://www.youtube.com/watch?v=wvfIRt7Lnc0

terça-feira, 3 de abril de 2012

DOGMÁTICA NA TEOLOGIA E NO DIREITO

Dr. Glauco Filho (Filósofo e Teólogo Brasileiro) e William Lane Craig (Filósofo e Teólogo norte-americano)



Há uma significativa diferença entre dogmatismo e dogmática. O dogmatismo é a aceitação ou imposição irrefletida do dogma. A dogmática é a parte da teologia que tem o dogma como objeto de estudo. Na teologia católico-romana, a dogmática sofre uma grande influência do dogmatismo, pois só caberia a ela a exposição das doutrinas oficiais, não sendo permitida a sua avaliação crítica. De outro lado, a teologia liberal entende a dogmática como uma análise histórico-crítica das proposições de fé da igreja. O liberalismo teológico realiza uma desconstrução leviana das doutrinas tradicionais a partir de uma visão naturalista ou culturalista. Aldof von Harnack seguiu esse caminho em sua obra intitulada A História do Dogma.
            Entre o catolicismo e o liberalismo, está o protestantismo histórico e o evangelicalismo bíblico. Para protestantes e evangélicos, a dogmática é uma ciência crítica, pois implica em um exame dos dogmas da igreja para convalidá-los, rejeitá-los ou reformulá-los. Essa avaliação crítica baseia-se em um padrão avaliativo: a Escritura Sagrada. A Bíblia, considerada a Palavra infalível de Deus, é o critério final para saber se um dogma eclesiástico reflete a verdade ou uma deturpação dela. Também seria papel da dogmática estudar o desenvolvimento do dogma na história da igreja.
            Herman Dooyeweerd observa que as doutrinas da fé devem estar em harmonia com os padrões de desenvolvimento da revelação divina. Em Roots of Western Culture, ele também afirma que “estas doutrinas não podem ser confundidas com a teologia dogmática, a teoria científica concernente à doutrina”.
            Karl Barth, em seus Esboços de uma Dogmática, disse: “A dogmática é a ciência pela qual a Igreja, no nível dos conhecimentos que possui, justifica para si mesma o conteúdo de sua pregação”. Em outra parte da obra, Barth explica: “A dogmática é UMA DISCIPLINA CRÍTICA... pelo fato de que a pregação da Igreja está sempre ameaçada por erros. A dogmática é a verificação da doutrina e da pregação da Igreja; longe de constituir um exame arbitrário, fundado sobre um critério livremente escolhido, é à Igreja que ela vai perguntar sob qual ponto de vista normativo ela deverá se colocar. Praticamente, é pela escala da Sagrada Escritura”.
            Na Alemanha protestante, também foi difundido o termo “Dogmática Jurídica” no âmbito da ciência do Direito. Por dogmática jurídica, era entendida a crítica dos dogmas jurídicos e do positivismo legalista. A Escola Histórica usou o termo “dogmática jurídica” em oposição ao dogmatismo exegético francês, o qual, por sua vez, defendia a codificação do Direito, bem como a sua completude evidente e a sua clareza lingüística inequívoca. A crítica à legislação e à codificação na Alemanha deu-se com base no “espírito do povo”, mas os princípios do Direito Natural são os mais exatos critérios reguladores de uma legítima dogmática jurídica.
            Por fim, é oportuno lembrar que usamos o termo “dogmática” como substantivo e não como adjetivo. Como adjetivo (ex.: pensador dogmático), o termo “dogmática” (ou “dogmático”) tem tido o mesmo significado que “dogmatista”, ou seja, um defensor do dogma que recusa sobre ele refletir.

            Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
            Doutor em Teologia (Ethnic Christian Open University)
            Doutor em Ministério (Faculdade de Teologia Metodista Livre)
            Mestre em Direito Público (Universidade Federal do Ceará)
            Livre Docente em Filosofia do Direito (Universidade Estadual Vale do Acaraú)
            Doutor em Sociologia (Universidade Federal do Ceará)
            Professor de Introdução à Teologia Dogmática (FAERPI) e de Hermenêutica Jurídica (UFC)

CALOURADA PELA PAZ NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - GRUPO "ALFA E ÔMEGA"

PALESTRAS:
Terça-feira (10 de abril)
12:00h às 13: 30h – “Comunicação contagiante” – Palestra de  Wendell Miranda (Auditório da Biblioteca)
18:00h às 19: 30h – “Irrigando desertos: a utilização da literatura imaginária para a educação” (Auditório da Reitoria da UFC) – Palestra de Gabriele Greggersen (Auditório da Reitoria da UFC)
Quarta-feira (11 de abril)
16h às 17h – “Deus é uma imaginação ou a imaginação é de Deus? Uma reflexão sobre o pensamento de C. S. Lewis” – Palestra de Glauco Barreira Magalhães Filho (MAUC - MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DA UFC)
18h às 19: 30h – “Falando em paz em tempos de guerra” – Palestra de Gabriele Greggersen (Auditório da Reitoria da UFC)
Quinta-feira (12 de abril)
12h às 13h – “Inteligência Emocional” – Palestra de Rodrigo Said (Auditório da Biblioteca)
13h às 17h – Filme “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” seguida de exposição – Glauco Barreira Magalhães Filho (MAUC - MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DA UFC)
AS  PALESTRAS OCORRERÃO NO CENTRO DE HUMANIDADES DA UFC